Sentada numa gelataria de um centro comercial nos arredores de Paris, encontro-me (como sempre 🙃) perdida nos meus próprios pensamentos...
Apesar de estarmos em meados de Novembro e de já estar frio lá fora, decidi comer um gelado 🤷🏻♀️
'Mima-te!' disse o meu marido quando me deixou no shopping...
Mimo-me com o quê??? Posses materiais? Coisas que não preciso só porque tenho tempo para ver as lojas?
Podem pensar que estar num grande centro comercial, a pouco mais de um mês da febre do Natal, é um paraíso de compras!
Para mim, cria realmente uma sensação de sobrecarga. Sinto-me completamente perdida dentro de grandes superfícies comerciais.
Mas nem sempre fui assim. Nascida e criada numa cidade, estava certamente habituada a passar os fins de semana a passear pelos shoppings.
Mas os últimos anos levaram-me por um caminho realmente interessante... o caminho do desapego dos bens materiais.
Não me interpretem mal, eu gosto de ter 'coisas'... especialmente artigos de boa qualidade. Adoro decoração de interiores, artesanato, roupas bem confecionadas, etc.
Mas... apesar de apreciar tais artigos, não sinto necessidade de os comprar! Tenho tudo o que preciso 💙🙏
Não preciso de mais nenhum enfeite, mala, blusa, caderno... nada!
'Uau... que engraçado que antigamente dava tudo para ter condições financeiras para comprar 'coisas' e agora que até posso, não sinto o mínimo interesse em fazê-lo'.
O meu miminho foi um gelado! Saboreado lentamente e com gusto. Para mim isto foi pura felicidade! Senti-me livre da 'máquina' materialista e consumista... Uma doce liberdade, de facto!
Não preciso de bens materiais nem da dose de dopamina que advém da compra de coisas para me sentir profundamente satisfeita. O meu coração está tão cheio de alegria de viver que já não preciso de fontes externas de prazer porque, agora sei e sinto, que a felicidade mais profunda e mais pura vem de dentro!
Sou verdadeiramente livre, o meu Espírito... a minha Alma cantam de alegria por ter chegado a este destino ✨️💙✨️
Sara 💙
"O que achas que satisfará a Alma, exceto andar livre e não ter ninguém superior?"
Leaves of Grass
Walt Whitman
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